segunda-feira, 7 de março de 2011

Tablets



Em janeiro tivemos dois grandes eventos na área tecnológica: a CES e a Campus Party Brasil. Neste mês, o destaque ficou por conta do lançamento do IPad 2 da Apple.

Na CES e na Campus Party o que chamou a atenção foram os novos tablets e as novas características incorporadas a eles. Falou-se em tablet 3D, tablet híbrido (tablet + netbook), tablet com a nova versão do sistema operacional Android, etc.

Não há necessidade de mais evidências para dizer que 2011 é o ano do tablet. O burburinho ao redor dessa tecnologia leva-nos a questionar, qual será o seu papel? Será de real importância para o nosso dia-a-dia e para o nosso futuro ou é apenas uma “celebridade tecnológica instantânea”? O tablet irá tomar o lugar dos netbooks, notebooks, e-readers ou smartphones?

Para responder a esses questionamentos, basta regressarmos alguns anos para tentarmos entender porque surgiu o tablet. O tablet é um misto de e-reader com netbook acrescido de funcionalidades acessíveis tal como em um celular touchscreen. Entendeu? Vou explicar melhor. Um dos primeiros tablets – um dos mais importantes – foi o IPad. No começo alguns geeks desdenharam do IPad dizendo que ele era um “IPhone de Itu” ou um IPhone gigante, pela aparência e pelo modo de operar um IPad ser semelhante ao modo de operar um IPhone, por meio de touchscreen. Em seguida, notou-se que seria improvável um tablet substituir um smartphone (o tamanho daquele não permitiria isso). Disso perguntava-se: Qual seria o espaço ocupado por um aparelho que permitiria ver vídeos, acessar a Internet, ler livros, ouvir músicas, jogar e interagir com outras pessoas de forma mais intuitiva e amigável (principal característica do tablet)? A resposta que parecia mais clara seria: o espaço do entretenimento total.

Entretenimento total é aquele tipo de entretenimento em que apenas se entretém, sem ter que se preocupar com compromissos, horários ou trabalho. Esse parecia o espaço para o tablet. A partir desse raciocínio, ficaria estranho imaginá-lo no cotidiano durante a “correria” de um compromisso para o outro ou para trabalhar com ele (telas touchscreem não são muito confortáveis para se digitar durante horas).

Partindo desse pressuposto – embora nem todos tenham a mesma opinião – o seguinte panorama deverá desenhar-se para o tablet:

1. Ele substituiu os e-readers. Quem precisa de uma tela para leitura quando pode possuir um equipamento com essa e outras funcionalidades agregadas? Note que mal se fala em e-readers atualmente.

2. Ele não substituirá os netbooks. O netbooks ainda possuem uma vantagem da qual muitos não abrirão mão: um teclado QWERTY a parte. Embora pequeno, faz diferença na hora de manipular determinados aplicativos. Além disso, o netbook é mais corporativo e, recentemente e aos poucos, está ganhando uma fatia importante do espaço que era dos laptops ou notebooks.

3. Os smartphones não serão afetados pela presença dos tablets. O smartphone é a evolução do celular e será companheiro de bolsos e bolsas por um bom tempo. Pequeno, moderno, realmente portátil, com muitas funcionalidades úteis e com novidades ainda por vir, não vai ser o tablet que irá substitui-lo.

4. Finalmente, o tablet irá ocupar ambientes como salas, espaços de entretimento ou lazer, exposições, alguns ambientes de trabalho em que a estética e a visualização de imagens ou esquemas seja mais importante do que o conteúdo escrito ou analítico. Será uma interface voltada à exposição de informações mutimídias, interface que será pouco utilizada para criação ou para interação que exija manipulação de dados.

E para você, quais são as impressões sobre o tablet? Sinta-se à vontade em interagir no espaço reservado para comentários.


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