segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bluetooth

O Bluetooth é uma tecnologia muito difundida atualmente mesmo com o advento de redes ou dispositivos wi-fi. Criado por grande cinco empresas (Ericsson, Intel, Toshiba, IBM e Nokia) está, nesse ano, completando os seus 10 anos de existência e com possibilidade de continuar a ficar por mais um bom tempo no mercado, principalmente porque, está ligado à usabilidade de dispositivos móveis como é o caso do celular.

Bluetooth, ao contrário do que alguns podem pensar, não tem nada a ver com a tradução do inglês – dente azul. O nome originou-se de uma homenagem ao Rei da Dinamarca e Noruega Harald Blåtand (em inglês, Harold Bluetooth) que unificou as tribos dinamarquesas, suecas e norueguesas; eis o papel do Bluetooth, unificar tecnologias distintas como computadores, celulares, periféricos, etc. O Bluetooth está distribuído em três classes de acordo com o raio de alcance de sinal : classe 3, com um raio de alcance de, aproximadamente, 1 metro; classe 2, com um raio de alcance de, aproximadamente, 10 metros e, classe 1, com um raio de alcance de, aproximadamente, 100 metros. Quanto à velocidade de transmissão de dados, existem três versões para o Bluetooth: a versão 1.2, com velocidade de, aproximadamente, 1 megabit por segundo (1 Mbit/s), a versão 2.0 com velocidade de, aproximadamente, 3 Mbit/s e, uma nova versão em desenvolvimento, que promete uma velocidade aproximada entre 53 a 480 Mbit/s.

Quanto ao funcionamento, a conexão de aparelhos Bluetooth se dá da seguinte forma: Um aparelho com tecnologia Bluetooth consegue reconhecer outro no raio de alcance da classe de menor distância dos dispositivos que querem se conectar, ou seja, se um aparelho de classe 3 estiver próximo a um aparelho de classe 2, o raio de alcance será de um metro, se forem dois dispositivos de classe 2, o raio de alcance será de 10 metros, e assim por diante. Após reconhecer que há um dispositivo próximo, o passo seguinte é “parear” os dispositivos para que possam realizar a troca de dados. “Parear” é autorizar, por meio de senha, que um dispositivo Bluetooth possa se conectar ao outro, se não fosse assim, um dispositivo poderia copiar as informações de outros dispositivos próximos sem que o outro usuário desejasse.

A conexão de dispositivo Bluetooth, na maioria das vezes entre dois dispositivos, pode ser de até 8 dispositivos (nesse caso tem-se uma pequena rede conhecida como piconet). Uma piconet terá um dispositivo Bluetooth que, em algum momento, será o master (mestre) e os demais serão slave (escravos). O dispositivo master será o responsável por gerenciar a sincronia e a transferência de dados entre todos os dispositivos da pequena rede. Duas ou mais piconets podem ser unidas por meio de um slave pertencente a uma piconet para, assim, ampliar o número de dispositivos Bluetooth formando uma scatternet. Poderá, dessa forma, haver duas ou mais piconets interligadas formando redes de 8, 16, 24, e assim por diante, dispositivos Bluetooth. Cabe ressaltar que, apesar de um dispositivo master poder conectar-se a até 7 dispositivos, ele pode reconhecer até 255 onde, no mínimo, 178 estarão definidos como inativos (255 possíveis dispositivos menos as 7 conexões permitidas).

A rede Bluetooth é muito utilizada atualmente para transferência de músicas, vídeos, jogos ou outros arquivos que tenham tamanhos pequenos. Essa exigência se deve à baixa velocidade de transferência de dados do dispositivo Bluetooth, afinal de conta, não vai ser qualquer um que vai querer ficar esperando horas para transferir um arquivo.

Obrigado pela sua atenção e até a próxima postagem!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

terça-feira, 20 de maio de 2008

E-commerce: O comércio que vai até você

Há um tempo atrás seria difícil imaginar poder comprar um produto sem ter que sair de casa. Seria difícil imaginar que, de modo seguro, e por meio dos dados de um cartão (cartão de crédito) seria possível pagar um produto sem ter que ir ao banco sacar o dinheiro. Seria difícil imaginar poder escolher uma série de produtos em variadas empresas, com variados preços e qualidades por meio da tela do computador. Os tempos mudaram e com o comércio não foi diferente. Foi aí que surgiu o e-commerce...

O e-commerce (eletronic commerce – comércio eletrônico) é a forma de negociação feita virtualmente por meio de um dispositivo como, por exemplo, um computador. Esse tipo de comércio é cada vez mais comum e vem aumentando expressivamente ao longo dos últimos anos batendo novos recordes de público que aderem a essa alternativa. Atualmente é comum que empresas disponibilizem os seus produtos ou serviços por meio da internet garantindo um público alvo maior e, conseqüentemente, um número maior de vendas.

No comércio eletrônico, organizações podem “se dar ao luxo” de não ter uma empresa física, ou seja, existe uma empresa e um produto sem ter um espaço reservado para o estoque dos produtos e um contingente grande de departamentos e funcionários. O que normalmente essas empresas fazem é disponibilizar um meio, via internet, para divulgar os seus produtos ou serviços e a entrega do produto fica por conta do fornecedor ou da empresa que a despacha via correio.

Dados referentes ao e-commerce no Brasil têm surpreendido devido ao ritmo de crescimento e do volume de transações que tem possibilitado ao comércio em geral. Segundo pesquisa realizada pela e-bit (referência no fornecimento de informações sobre o e-commerce no Brasil) e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o comércio virtual no Brasil movimentou 6,2 bilhões no ano passado com um crescimento de 40% em relação a 2006 e 254% em relação a 2004. Foram, segundo a pesquisa, 9,5 milhões de brasileiros que compraram pela internet em 2007 sendo que 60% desses brasileiros consideraram a internet um meio seguro de efetuar compras. Veja mais dados na tabela abaixo:

Nesse ano, segundo a e-bit, o crescimento poderá ser de 45% em relação a 2007 com um movimento de 8,8 bilhões de reais. Está aí um forte motivo para as empresas que ainda não aderiram ao comércio virtual perceberem a importância desse filão e para os internautas pensarem mais no por que mais e mais pessoas aderem a essa “onda”.

Obrigado pela sua atenção e até a próxima semana!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

quarta-feira, 14 de maio de 2008

CD, DVD, Blu-ray

A maioria das pessoas, senão todas, em algum momento da sua vida já estiveram em contato com um CD (compact disc – disco compacto) ou um DVD (digital video disc – disco digital de vídeo). Esse contato, em geral, intuitivamente gerou uma forte associação entre CD e arquivos de áudio e DVD e arquivos de vídeo para “conhecedores superficiais” em relação a essas duas tecnologias. Você já se perguntou ou sabe responder o porquê dessa associação? E o blu-ray disc (disco de raio azul – nome que referencia a cor azul-violeta do raio laser – que perdeu o ‘e’ de blue por questões comerciais em alguns países), o que tem a ver com isso? Para melhor entendermos, voltemos há alguns anos atrás...

No Brasil, em meados da década de 1990, tínhamos uma forte popularidade comercial de fitas K7 e discos de vinil (na fase final de vida) que eram amplamente utilizados como mídias de reprodução de áudio. No campo de armazenamento de arquivos, o disquete reinava como opção para pessoas que precisavam guardar ou transportar arquivos de um computador para o outro. Como alguns sabem, a qualidade de áudio das fitas K7 não era muito boa e tinha-se o inconveniente, na hora que se precisava mudar de música, de ter que girar as bobinas da fita aos poucos até encontrar a próxima música. No caso do disquete, a capacidade de armazenamento – 1,44 megabytes – aos poucos se tornaria insuficiente.

Foi nesse ambiente que surgiu o CD com qualidade de som superior, facilidade ao usuário de mudar de música e melhor tempo de vida útil por sofrer menos com a degradação ambiental (sinais eletromagnéticos, umidade, calor, etc.) que a fita K7. Como mídia de armazenamento de arquivos, superou o disquete por ter uma capacidade superior - 700 megabytes – contra os poucos 1,44 megabytes oferecidos pelo “concorrente”. Hoje, o CD continua a ser muito utilizado como CD de áudio convencional, CD de mp3, CD de vídeo ou para armazenar arquivos. Percebe-se que não foi dessa vez que o CD perdeu o seu lugar no mercado, principalmente porque, o áudio mp3, muito difundido atualmente, utiliza essa mídia para “rodar”.

Com o DVD a história foi um pouco diferente. O seu antecessor foi a fita VHS (video home system – sistema de vídeo caseiro) que ficou obsoleta no mercado de vídeo atual. O DVD foi originalmente utilizado para armazenar vídeos – apesar de poder ser utilizado para todas as funções supracitadas para CD – e, pelas mesmas razões da substituição da fita K7 pelo CD, vem substituindo a fita VHS. Outro fato a ser considerado é que o DVD, aos poucos, ganha espaço em relação ao compact disc como mídia de armazenamento de arquivos. Isso se deve a sua maior capacidade (4489 megabytes ou o dobro para o DVD dual-layer) e à baixa dos preços dos gravadores desse tipo de mídia. Além do mais, os vídeos são os arquivos que mais consomem espaço em disco, necessariamente, teria que se ter uma mídia com maior capacidade de armazenamento, daí a importância do DVD em relação ao CD.

Surge, recentemente, a mídia que pode se destacar no mercado nos próximos anos: o blu-ray. Imagine que nela cabem, aproximadamente, 25 gigabytes – cerca de 25.600 megabytes - de dados ou 50 gigabytes de dados para o blu-ray dual-layer. Isso irá revolucionar a qualidade de imagem de vídeo e será motivo de alegria para os que fazem backup (cópia) de informações.

Atualmente, os preços dos aparelhos que rodam blu-ray e a própria mídia estão um tanto “salgados” para o público em geral. Cabe a nós esperarmos para ver se essa nova tecnologia irá pegar ou não.

Obrigado pela sua atenção e até a próxima semana!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

sábado, 10 de maio de 2008

Sistema Operacional Linux

Você certamente já ouviu falar a respeito de algum sistema operacional. O sistema operacional é o software responsável pelo gerenciamento dos recursos disponíveis em um computador. O mais comumente utilizado pela maioria dos usuários domésticos e empresas é o sistema operacional Windows da Microsoft, porém, ele não é o único. Atualmente, o mercado de sistemas operacionais está cada vez mais dividido entre algumas soluções, as quais se destacam: as versões de Mac OS da Apple, o Solaris da Sun Microsystem, as distribuições Linux e as versões do Windows (98, 2000, XP,etc.). Entre essas soluções, será dada total atenção, nesse momento, àquela que mais tem aumentado o seu mercado nos últimos anos, seja no ambiente doméstico ou corporativo: o Linux.

O Linux foi desenvolvido por Linus Torvalds que se baseou na arquitetura Unix (Linus + Unix = Linux, daí o nome) para criar esse novo sistema operacional. O maior diferencial do Linux é o fato de ser um software livre, ou seja, para se ter uma versão original – pelo menos na maioria dos casos – não é preciso pagar por uma licença de uso, o que não é verdade para o Windows. Outro diferencial, é que o Linux é um sistema com código aberto, em outras palavras, ele pode ser modificado por uma pessoa ou empresa que tenha conhecimentos em como fazê-lo. Entre as diversas distribuições Linux, podemos citar: o Debian, o Mandriva (fusão das versões Mandrakelinux e Conectiva), o Fedora, o Kurumim, o RedHat, o Slackware, o Suse, o Ubuntu, etc.

Um dos motivos que têm afastado esse sistema operacional do usuário comum é o simples fato de assustá-lo por ser algo novo e que tem fama de ser utilizado por pessoas que tem conhecimento elevado em informática, o que não é mais uma verdade, visto que novas versões cada vez mais têm melhorado a interface de comunicação no modo gráfico, facilitando a interação homem-máquina e diminuindo o uso de linhas de código. Outro motivo é o fato desse sistema operacional funcionar com softwares aplicativos específicos com os quais alguns usuários não gostam de interagir ou não tem familiaridade. Exemplos: Quem utiliza o pacote Office (Word, Excel, Power-Point, etc.) não poderá tê-lo no Linux porque não é compatível, terá que optar, por exemplo, pelo pacote Open Office. Quem utiliza o navegador Internet Explorer terá que trocá-lo por outro como, por exemplo, o Opera ou o Mozilla Firefox. Além disso, para completar a lista de itens que afastam novos usuários, por ser um sistema operacional que não é utilizado amplamente em todos os lugares, se opta por continuar a utilizar o Windows, pois, em poucos casos, alguém se arriscaria em colocar uma versão Linux em casa e ter que utilizar Windows no trabalho ou em outro lugar, afinal, são sistemas operacionais diferentes que “rodam” softwares aplicativos específicos; em algum momento essa diferença iria “falar mais alto”.

Entretanto, quem pensa que vai utilizar somente o Windows pelo resto da vida, pode ser surpreendido por ter que utilizar Linux num dado momento. Órgãos públicos e algumas empresas privadas têm levado a sério a idéia de mudança de plataforma de sistema. Os motivos? A maturidade que o sistema vem adquirindo ao longo dos anos, o fato de não ter que pagar licença de uso (imagine quanto gasta uma instituição, com milhares de computadores, só com licenciamento de software), o fato de ser código-aberto e poder ser modificado e uma nova onda – para os profissionais da área de informática – chamada virtualização, que permite que um sistema operacional rode dentro do outro.

Se você ainda não conhece uma versão Linux, vá até a banca de jornal mais próxima, adquira a partir de um amigo ou peça um CD Linux pela internet. É isso mesmo! Existe versão do Linux que você só precisa preencher um formulário para ter o seu, gratuitamente, em seu endereço . Uma novidade é que existem várias versões live CD, ou seja, você não precisa ter que desinstalar o seu sistema operacional ou ter que instalar uma versão Linux forçadamente; pode-se rodar o sistema direto do leitor de CD. Só se precisa ter atenção em fazer com que o computador boot (ou inicialize) a partir do drive de CD.

Obrigado pela sua atenção e até a próxima postagem. Tenha uma ótima semana!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

domingo, 4 de maio de 2008

Redes Wi-fi

Antes das redes de computadores surgirem, em especial, a maior rede de computadores do mundo (a internet), alguém, provavelmente, pensou: como poderemos estabelecer conexão entre os computadores nos mais diversos lugares? Aí se percebeu que precisaria de um canal de comunicação que alcançasse os lugares mais longínquos. Esse canal de comunicação existia é era a rede de telefonia. Ela funcionava por meio de fios, o que seria uma verdade também para as redes de computadores.

Nos dias de hoje, aos poucos se expandem as redes de computadores que não precisam mais de fiação, é aí que entra o termo wi-fi (lê-se uai-fai). O nome, dizem alguns, surgiu de uma comparação com o velho termo hi-fi (high fidelity – alta fidelidade) empregado para demonstrar qualidade sonora de aparelhos de áudio. Daí, wi-fi traduz-se como wireless fidelity – ou fidelidade de sinal sem fio – para dar valor à tecnologia de conexão entre dispositivos via ondas de rádio. Em outras palavras, wi-fi é uma tecnologia que permite que você se conecte a uma rede de computadores, utilizando um sinal de rádio que é emitido por um roteador ou ponto de acesso (hotspot). O seu dispositivo (notebook, celular, etc.) reconhece que na área que você está há um sinal que permite acessar a rede; aí você digita o nome de usuário (login) e a senha de acesso (password) para poder utilizar essa rede que, provavelmente, permitirá o seu acesso à internet.

As redes wi-fi já estão presentes em aeroportos, cybercafés, algumas empresas e faculdades e funciona, na maioria das vezes, da seguinte forma: a instituição recebe, por meio da rede de telefonia, um link de acesso à internet. Esse link é direcionado para um roteador sem fio que irá dissipar um sinal de rádio à, aproximadamente, 80 metros de distância desse roteador com velocidade de transferência de dados que varia de 5 a 11 megabites por segundo (o velho padrão 802.11b) até o valor nominal de 300 megabits por segundo (prometido pelo novo padrão que chegou por aí: o 802.11n). Dispositivos com tecnologia wi-fi (por padrão a maioria dos notebooks, novos telefones celulares,etc.) podem facilmente se conectar a pontos de acessos existentes e sair para o mundo por meio da internet permitindo a onda do momento: a mobilidade.

O wi-fi não serve somente para que um dispositivo numa área coberta por sinal possa acessar a internet. Ele serve, também, para que uma rede de computadores exista sem precisar do auxílio de fios, ou seja, um funcionário poderia sair da sua mesa com o seu notebook para trabalhar em qualquer outro lugar da empresa sem perder a conexão com a rede. Na sua casa, caso você implantasse a tecnologia, você poderia entrar com o seu carro na garagem e acessar a internet de dentro dele por meio do seu notebook. Não é realmente fantástico?

Algumas limitações, como algum leitor atento pôde perceber, é que essa rede tem um raio de alcance limitado, o que tem proporcionado o estudo de outras tecnologias como o wimax e o 3g .

Agradeço por mais uma vez contar com a sua atenção e espero tê-lo aqui na próxima postagem. Tenha uma boa semana!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação