quarta-feira, 14 de maio de 2008

CD, DVD, Blu-ray

A maioria das pessoas, senão todas, em algum momento da sua vida já estiveram em contato com um CD (compact disc – disco compacto) ou um DVD (digital video disc – disco digital de vídeo). Esse contato, em geral, intuitivamente gerou uma forte associação entre CD e arquivos de áudio e DVD e arquivos de vídeo para “conhecedores superficiais” em relação a essas duas tecnologias. Você já se perguntou ou sabe responder o porquê dessa associação? E o blu-ray disc (disco de raio azul – nome que referencia a cor azul-violeta do raio laser – que perdeu o ‘e’ de blue por questões comerciais em alguns países), o que tem a ver com isso? Para melhor entendermos, voltemos há alguns anos atrás...

No Brasil, em meados da década de 1990, tínhamos uma forte popularidade comercial de fitas K7 e discos de vinil (na fase final de vida) que eram amplamente utilizados como mídias de reprodução de áudio. No campo de armazenamento de arquivos, o disquete reinava como opção para pessoas que precisavam guardar ou transportar arquivos de um computador para o outro. Como alguns sabem, a qualidade de áudio das fitas K7 não era muito boa e tinha-se o inconveniente, na hora que se precisava mudar de música, de ter que girar as bobinas da fita aos poucos até encontrar a próxima música. No caso do disquete, a capacidade de armazenamento – 1,44 megabytes – aos poucos se tornaria insuficiente.

Foi nesse ambiente que surgiu o CD com qualidade de som superior, facilidade ao usuário de mudar de música e melhor tempo de vida útil por sofrer menos com a degradação ambiental (sinais eletromagnéticos, umidade, calor, etc.) que a fita K7. Como mídia de armazenamento de arquivos, superou o disquete por ter uma capacidade superior - 700 megabytes – contra os poucos 1,44 megabytes oferecidos pelo “concorrente”. Hoje, o CD continua a ser muito utilizado como CD de áudio convencional, CD de mp3, CD de vídeo ou para armazenar arquivos. Percebe-se que não foi dessa vez que o CD perdeu o seu lugar no mercado, principalmente porque, o áudio mp3, muito difundido atualmente, utiliza essa mídia para “rodar”.

Com o DVD a história foi um pouco diferente. O seu antecessor foi a fita VHS (video home system – sistema de vídeo caseiro) que ficou obsoleta no mercado de vídeo atual. O DVD foi originalmente utilizado para armazenar vídeos – apesar de poder ser utilizado para todas as funções supracitadas para CD – e, pelas mesmas razões da substituição da fita K7 pelo CD, vem substituindo a fita VHS. Outro fato a ser considerado é que o DVD, aos poucos, ganha espaço em relação ao compact disc como mídia de armazenamento de arquivos. Isso se deve a sua maior capacidade (4489 megabytes ou o dobro para o DVD dual-layer) e à baixa dos preços dos gravadores desse tipo de mídia. Além do mais, os vídeos são os arquivos que mais consomem espaço em disco, necessariamente, teria que se ter uma mídia com maior capacidade de armazenamento, daí a importância do DVD em relação ao CD.

Surge, recentemente, a mídia que pode se destacar no mercado nos próximos anos: o blu-ray. Imagine que nela cabem, aproximadamente, 25 gigabytes – cerca de 25.600 megabytes - de dados ou 50 gigabytes de dados para o blu-ray dual-layer. Isso irá revolucionar a qualidade de imagem de vídeo e será motivo de alegria para os que fazem backup (cópia) de informações.

Atualmente, os preços dos aparelhos que rodam blu-ray e a própria mídia estão um tanto “salgados” para o público em geral. Cabe a nós esperarmos para ver se essa nova tecnologia irá pegar ou não.

Obrigado pela sua atenção e até a próxima semana!


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

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