quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Windows 7 – Ter ou Não Ter?


O lançamento mais esperado deste mês (alguns ousam em dizer do ano) na área de informática é, indiscutivelmente, o lançamento do novo sistema operacional da Microsoft: o Windows 7.

Desde o começo de 2009, ele passou a ser apresentado aos poucos em versões beta, release candidate e, atualmente, está na versão Enterprise, que pode ser baixada e utilizada gratuitamente por até 90 dias (para baixá-la, clique aqui) e será, muito provavelmente, a última versão a ser disponibilizada antes que a versão final do Windows 7 entre no mercado. A data para distribuição da versão oficial está prevista para o dia 22 de outubro.

O Windows Seven parece ser a grande promessa da Microsoft para parar com o “burburinho” em torno do insucesso do Windows Vista cumulado com a extinção do Windows XP – considerado até o presente momento como o melhor sistema operacional já desenvolvido pela empresa criada por Bill Gates. Em momento anterior, neste blog, foram elencadas algumas razões que demonstram a missão do Windows 7 e o desestímulo à aposentadoria do Windows XP (...)

O novo sistema operacional da Microsoft – pelo que se pôde perceber entre a comunidade de usuários que utilizaram as versões já lançadas – está sendo bem aceito e virá num momento importantíssimo para que a empresa não perca a confiança dos seus usuários fiéis e para que não deixe de recepcionar novos usuários que, cada vez mais, ouvem falar em software livre e soluções Linux, Apple e seus produtos concorrentes (MAC OS e o Snow Leopard são bons exemplos) e, em menor grau, em sistemas UNIX.

A Microsoft está sendo oportunista ao aproveitar o que deu certo no Windows Vista (novidades, aparência e segurança) e o que já estava certo no Windows XP (estabilidade, compatibilidade e robustez) para aplicar no Windows 7; na verdade era o que ela deveria ter feito no Windows Vista, só que o fascínio estético daquela versão obscureceu a visão dos Engenheiros e Arquitetos da Microsoft a ponto de esquecerem de implementar o que era realmente importante para os bons usuários: a eficiência operacional do sistema utilizando poucos recursos de máquina sem perder o glamour na interface, uma exigência dos tempos modernos.

Com isso, tendo em vista o que já foi dito anteriormente, podemos finalmente dissecar o Windows 7 e saber se realmente vale a pena tê-lo. Para isso, antes de analisar os fatores técnicos, cabe aqui algumas considerações que poderão implicar a sua decisão:

1. Se você utiliza o Windows XP e não migrou para o Windows Vista porque o achava instável e cheio de problemas não sendo um sistema operacional que você gostaria de ter, é interessante que você migre para o Windows 7 porque as reclamações em relação a ele são mínimas e, principalmente porque, no Windows 7, haverá um recurso chamado XPM (XP Mode) que emula fielmente o Windows XP na nova plataforma, ou seja, as incompatibilidades que você poderia ter por falta do XP ou por utilizar o Vista muito provavelmente não ocorrerão no Seven.

2. Se você utiliza o Vista, as razões são inúmeras para que você migre para o Seven, desde questões de compatibilidade, passando por novas funcionalidades e terminando em soluções de gerenciamento mais eficientes.

3. Se você não possui uma configuração de, no mínimo, 1 GB de memória RAM (para plataforma x86 – 32 bits. Para plataformas x64 – 64 bits – são necessários 2 GB), um processador de, no mínimo, 1 GHz, espaço em disco de, no mínimo, 15 GB (para plataforma x86; para plataforma x64 são necessários 20 GB), uma placa de vídeo de, no mínimo, 128 MB com suporte para gráficos Directx 9 e meio de instalação via USB ou leitor de DVD, não será recomendado que você instale o sistema operacional antes de realizar um upgrade na sua máquina.

Posto isso, vamos às características que muito provavelmente estarão ou deixarão de estar no Windows Seven:

1. Se você gostava do Live Essentials (o qual possui os aplicativos Windows Mail, Windows Movie Maker e Windows Live Photo Gallery) pode ser que você tenha que esquecê-los e procurar soluções alternativas para utilizar no Windows 7. A versão Enterprise aboliu essas ferramentas sinalizando que possivelmente a versão final as abolirá também.

2. Muitos drivers e codecs serão nativos do sistema evitando que o usuário tenha que baixá-los e instalá-los. Isso para que o sistema operacional funcione em harmonia com dispositivos de hardware, softwares e arquivos já existentes.

3. A instalação do sistema operacional está bem fácil, intuitiva e rápida.

4. O novo sistema operacional é compatível com os aplicativos que rodam no Windows XP e no Windows Vista.

5. O gerenciamento das estações de trabalho ficará facilitado por meio da utilização de um monitor de erros que estará presente no desktop.

6. A forma de gerenciamento de usuários será otimizada quanto à política de realização de ações sobre arquivos e pastas.

7. O sistema contará com um recuperador de dados e estados do sistema, o DaRT (Diagnostic and Recovery Toolset) que facilitará monitorar e resolver problemas em arquivos, redes ou sistema.

8. A segurança terá maiores recursos, entre eles, de criptografia.

9. A barra de tarefas está transformada com uma aparência e alternativas mais eficientes e práticas, entre outras novidades...

Esse post foi escrito especialmente para os usuários do Windows – comparando a versão a ser lançada com as versões anteriores – para entusiastas que querem saber mais a respeito do Windows 7 ou para usuários que querem ficar por dentro do mais novo lançamento da Microsoft antes de efetivamente o instalar. Para usuários de outros sistemas operacionais, pode ser que seja interessante acompanhar as melhorias e novas versões do sistema que está utilizando ou procurar comparativos entre o seu sistema operacional e o Windows Seven. Cabe frisar, nesta oportunidade, que aqui não está explícito que o Windows 7 é melhor que outros sistemas operacionais ou que outros sistemas operacionais são melhores que o Windows Seven, isso vai depender bastante do tipo de funcionalidade e recursos inerentes a cada usuário ou empresa. O que está sendo dito aqui é que a maturidade do Windows Seven parece ser maior em relação às versões anteriores e que, embora o Windows XP até o presente momento seja a melhor versão, ele já clama pela sua aposentadoria que deveria ter se dado no lançamento do Windows Vista. Outra observação a ser encarada é que novos lançamentos de fabricantes de dispositivos e softwares talvez não pensem em compatibilidade dos seus produtos em relação ao XP.

Com isso, ficam aqui as impressões a serem consideradas antes do lançamento do Windows 7 e o compromisso de, daqui há alguns meses, depois de passar esse clima de expectativas, voltar-se a falar neste blog dos sucessos ou fracassos desse mais novo produto.