segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

RFID

Identificar objetos e pessoas eficientemente, em diversos ambientes com diferentes necessidades, é uma exigência constante. Um supermercado identifica os seus produtos utilizando códigos de barra, uma empresa identifica os funcionários e controla as suas freqüências por meio de cartões, biometria ou outra forma de gerenciamento, uma loja ou hospital identifica os seus itens por meio de códigos ou etiquetas, e assim por diante...

As formas de identificação citadas exigem que os objetos ou pessoas a serem reconhecidos tenham contato físico com algum tipo de leitor ou registrador de dados. Em ambiente com grande fluxo de produtos, objetos ou pessoas isso nem sempre é uma das melhores idéias. Imagine um supermercado lotado; você sabe por que as filas se formam e você fica “um tempão” para sair daquele estabelecimento? Simples! É porque os atendentes de caixa precisam passar cada produto pelo leitor de código para que o leitor identifique os itens e faça a soma total dos produtos adquiridos para gerar o ticket ao cliente. Se uma pessoa comprar 50 itens são 50 vezes que o atendente irá pegar um produto e passar pelo leitor. Durante um dia um atendente irá realizar essa operação umas centenas de vezes demorando alguns segundos com a identificação de cada produto.

A tecnologia RFID (Radio-Frequency Identification – Identificação por Radiofrequência) é uma das soluções mais modernas para que a identificação de objetos, produtos ou pessoas possa ser feita de maneira mais eficiente. Funciona da seguinte forma:

Uma etiqueta ou chip é implantado na coisa a ser identificada. Essa etiqueta ou chip poderá atuar, basicamente, de duas maneiras: ativamente ou passivamente. Quando atuar de forma ativa significa que a coisa poderá enviar um sinal a uma antena próxima; quando atuar de forma passiva significa que ela será apenas reconhecida enquanto estiver no raio de alcance da antena. Lembra do exemplo do supermercado? Imaginemos o mesmo ambiente com produtos dotados de etiquetas RFID:

O cliente levaria os produtos até o caixa e saberia, quase instantaneamente, o valor a pagar. O supermercado poderia fazer com que, ao colocar ou tirar um produto de um carrinho, o cliente soubesse mais informações dos produtos adquiridos ou o total dos itens que estivessem no carrinho. Um supermercado mais moderno poderia fazer com que os clientes entrassem, pegasse os produtos, carregasse até um terminal eletrônico onde pudessem passar com um cartão e saísse do supermercado sem ter que conversar com algum funcionário e praticamente sem enfrentar filas. Diversas outras aplicações poderiam ser beneficiadas com o uso dessa tecnologia.

No Brasil, a partir de 2011 os carros receberão uma etiqueta RFID para facilitar a identificação dos veículos, bem como a sua movimentação. Segundo o Engenheiro de Coordenação Geral de Planejamento Normativo e Estratégico (CGPNE), Antônio Rosa: “A ideia é que seja uma grande ferramenta de gestão de trânsito, sendo útil para fazer levantamentos estatísticos. Para a engenharia [de trânsito], será fantástico”, “Será uma forma de saber que em tal rodovia o volume de carretas e veículos é tanto em determinado horário. Assim, a engenharia poderá fazer seu planejamento baseada naquelas informações”. A tecnologia, também, poderá ser utilizada para indicar quais veículos estão inadimplentes com o IPVA (Imposto de Propriedade de Veículos Automotores) ou para rastrear veículos roubados.

Nos Estados Unidos, a Micro Transponder (um instituto da Universidade do Texas) está realizando testes em laboratório utilizando a tecnologia como uma forma de analgésico em doenças crônicas. São implantados uns chips próximos à espinha dorsal, o qual recebe sinais elétricos que estimula a diminuição da dor.

A DEWALT criou o Tool Link que é um dispositivo que pode ser utilizado por caminhoneiros para saber quais objetos estão dentro do caminhão.

Pode-se notar que muitas aplicações já surgiram e muitas ainda surgirão, num futuro próximo, beneficiadas por essa nova estratégia. O preço para proporcionar a infraestrutura necessária ainda é um pouco “salgado”, contudo, isso tenderá a mudar.



domingo, 15 de novembro de 2009

Google Wave – Uma Nova Onda

O Google está mesmo disposto a mostrar algumas boas novidades para voltar a ser o destaque da Internet. Após bons resultados e crescimento por parte do navegador Google Chrome, resolveu dar um “beliscão” nos “orkuteiros” que já estavam ficando entediados e cada vez mais interessados em ‘twittar’ – ou buscar os usuários que se achavam atraídos em aparecer no Facebook – ao anunciar uma nova versão a ser utilizada por meio de convites. A idéia foi boa visto que um dos assuntos do momento é o interesse de algumas pessoas em adquirir o tal.

Com o Google Chrome mais maduro, a distribuição de convites do novo Orkut, acabariam aí as novidades? Não! O Google foi também aguçar a curiosidade de alguns desenvolvedores ao apresentar a linguagem de programação Go que promete ser uma linguagem simples, veloz e aberta. E agora, em meio aos “turbulentos” assuntos retro mencionados, como se não bastasse, um novo tema se tornou cada vez mais evidente: o Google Wave.

Tudo começou com uma conferência do Google para desenvolvedores web em 28 e 29 de maio... Nesse evento foi apresentada a idéia e aí muitos não viam a hora de testar o serviço que prometia colocar em uma única janela redes sociais, blog, chat, compartilhamento de arquivos, revolucionar o e-mail e permitir que novos aplicativos open source pudessem ser incorporados à nova ferramenta.

Foi então que em 30 de setembro 100.000 desenvolvedores receberam a versão para testá-la e desde então muitos usuários que esperam uma grande revolução na web 2.0 por parte desse aplicativo estão ansiosos almejando o convite para “entrar na nova onda”.

O Google Wave inicialmente não é lá tão atraente como promete ser em sua versão final. Apresenta ainda uma série de bugs e falta de funcionalidades que provavelmente estão por vir. Há ainda o inconveniente de que nem todos têm acesso. Que graça possui um aplicativo Web 2.0 se você não consegue interagir com “todo mundo”? Pois é...! Pelos menos neste momento está assim. Muitos comentam que a ferramenta é muito complicada e pouco intuitiva e, como sempre, o “bom” “humorista de plantão” reforça que é mais fácil entender uma operação médica, Ozzy Osbourne, cálculo vetorial ou o que é datação por carbono do que entender o Google Wave. Acesse essa página e atualize-a de tempo em tempo para ver o resultado das enquetes.

Cabe mencionar, em defesa do Google Wave, que essa é a sua fase inicial e que tem muita coisa a ser customizada para depois serem tiradas conclusões mais conscientes e sérias. Essa é razão para que poucos tenham acesso à ferramenta. Fica implícito que ela está “engatinhando” ainda antes dos primeiros passos. Atualmente é possível perceber que realmente o acesso a e-mails será diferente e que a interação entre as pessoas será mais eficiente. É possível, por exemplo, criar waves específicas e convidar amigos para dela participar ou “twittar” direto do Google Wave.

Para maiores exemplificações, veja os dois vídeos explicativos. O primeiro é em português e dá uma visão rápida – overview – a respeito do tema enquanto o segundo é em inglês e é mais abrangente e completo. Se você não entende nada em inglês, não se preocupe, as imagens falam por si só em boa parte da apresentação.

Antes de encerrar anuncio que ESTE BLOG IRÁ SORTEAR ALGUNS CONVITES para que você possa ingressar no Google Wave. Para participar, poste um comentário com o seu nome completo e e-mail. A entrega dos convites será feita no próximo mês. Boa sorte aos participantes!