Gadgets ou Widgets?

A internet e os dispositivos eletrônicos constantemente têm renovado as suas características ampliando o número de termos e conceitos utilizados no nosso dia-a-dia. Esses termos e conceitos são tão variados que em determinado momento se confundem, principalmente porque vivemos num tempo de convergência tecnológica onde não somente itens externos à tecnologia convergem para ela, mas também, os próprios itens tecnológicos tendem a se convergir.

Na década de 80, quando a internet não era uma realidade mundial, gadgets eram assuntos mais comuns no mundo nerd. Os nerds, nome utilizado para denominar a um grupo de pessoas, dentre outras características, que possuem hábito diferenciado de se vestir (alguns, com camisa xadrez, óculos maiores e cabelo pouco convencional – tal como o simbólico nerd: Bill Gates), pouco entregue às convenções sociais e possuidores de interesse constante por tecnologias (daí o chavão de serem pessoas que só pensam em estudar a todo tempo numa década em que tecnologia era considerada conhecimento avançado) já utilizavam muitas terminologias que passaram a interessar hoje à sociedade em geral porque itens tecnológicos passaram a ser indispensável no nosso dia-a-dia. Quem já ouviu falar, por exemplo, em gadgets e widgets? Talvez poucas ou talvez muitas pessoas já ouviram falar, contudo, poucas das que ouviram falar sabem diferenciá-los.

Gadget é uma palavra da língua inglesa que significa invento ou dispositivo; transportado para a realidade atual como pequenos acessórios de tecnologia. Pode-se citar, como exemplo de gadgets, os celulares, palms, pen-drives, ipods, mídia players, etc. Tudo estaria resolvido com essa definição, porém, gadgets são, também (a Google que o diga), àqueles componentes que podem ser agregados às páginas da internet ou um pequeno componente que pode ser incorporado ao sistema operacional (a Microsoft que o diga). Um exemplo são os vídeos que estão à direita dessa página, outros exemplos são os itens que compõe o visual do Windows Vista: o Windows Sidebar. E então, o que é um gadget? Um bloco de código com uma determinada função que pode ser incorporada a uma página web, um dispositivo eletrônico ou um componente que pode ser adicionado ao sistema operacional? Passemos, por hora, à definição de widget para podermos definir o que é gadget.

Widget não possui uma tradução. Dizem, alguns, que é a fusão das palavras window (janela em português) e gadget; no entanto, todos concordam que é um pequeno software, interface gráfica ou extensões que disponibilizam uma função específica para o sistema operacional. Você conhece aquelas “firulas”, tais como medidor de velocidade do processador, relógio, calendário, agenda, post-it (lembrete) para área de trabalho, que existem no Windows Vista ou que podem ser incorporadas ao Linux ou a outro sistema operacional? Esses são os widgets. Mas, espera aí! Isso não é gadget?

Calma! Essa mistura de definições se deve ao fato de que na internet um bloco de código com função específica é considerado como um invento ou “dispositivo” da internet, e que, muitas vezes, os mesmos recursos que se têm para incorporar às páginas se tem para incorporar ao sistema operacional como é o caso do relógio analógico virtual. Numa visão mais purista e conciliadora, widgets são os componentes agregados a um sistema operacional e gadgets são os dispositivos eletrônicos ou blocos de códigos a serem incorporados às páginas web. Para ser mais purista ainda, gadgets seriam apenas dispositivos eletrônicos (itens de hardware) e widgets seriam quaisquer componentes que pudessem ser agregado a uma página da internet ou a um sistema operacional.

Espera-se, com isso, ter-se uma melhor definição àqueles que não estão acostumados com essas duas “palavrinhas”. Tenha uma ótima semana!

Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

Newsletters e Feeds

Hoje em dia a informação é um item de fundamental importância para que as pessoas e empresas possam criar as suas estratégias. Para as pessoas essas informações são variadas dependendo do campo de interesse, porém, a gama de informação a ser gerenciada, contemporaneamente, é muito alta. A televisão, o rádio, jornais e revistas por longo tempo exerceram e exercem a responsabilidade em levar a informação, embora de forma não-esmiuçada e dinâmica, em um momento em que tempo é um bem cada vez mais escasso. Com o advento da internet, a forma como a informação passou a ser apresentada e a facilidade ao acesso a ela ficou bastante diferenciado atraindo um público que busca rapidez, dinamismo e praticidade. Acontece que a própria internet cresceu tanto e ofereceu tantas possibilidades que ficou um tanto difícil gerenciar conteúdos cada vez mais crescentes e atualizados, disponíveis em numerosas fontes virtuais.

Para facilitar a interação entre internauta e conteúdo web surgiu primeiramente a newsletter (carta de notícias ou boletim de novidades) que é um e-mail que uma pessoa recebe para ficar a par das novidades de um site sem ter que visitá-lo diretamente. Para que a pessoa possa receber a newsletter ela precisa se cadastrar no site responsável pelo envio do e-mail. Os tipos de newsletters variam conforme o tipo de site em que o usuário se cadastra. Por exemplo, o usuário pode se cadastrar num site de notícias para receber novas notícias publicadas, pode se cadastrar num site de concursos para receber avisos de novos concursos na sua região, pode se cadastrar num site de uma operadora de celular a fim de ser informado quando um novo produto não-disponível estiver disponível, e inclusive, pode se inscrever num site a fim de ser lembrado que um evento qualquer irá ocorrer num determinado dia.

A newsletter vem a ser desvantajosa quando um único usuário passa a receber várias newsletters. A caixa de e-mails começa a ficar cheia de conteúdo que não se sabe por onde começar a ler; além disso, os e-mails ficam dispersos forçando o usuário a abrir vários deles para poder ler a todas as newsletters; não é uma solução muito prática, visto que as informações não podem ser administradas por meio de uma só janela.

Com o feed – alimento em português – a forma de obter as novidades de páginas da internet fica um pouco diferenciada. Um feed é um serviço disponibilizado por um site ou blog pelo qual o assinante, por meio do seu leitor de feeds, irá ficar sabendo das alterações no site ou blog sem acessá-lo. O leitor de feeds irá mostrar todas as alterações de vários sites numa única janela com direito a prévia das notícias dos sites. Somente se houver um interesse maior do leitor, ele irá acessar os links dos sites para ler mais sobre os assuntos. Está aí o porquê do feed ter o significado de alimento; o leitor de feeds será “alimentado” constantemente pelos feeds dos sites cadastrados indicando todas as novas alterações feitas nesses sites. Quanto ao leitor de feeds, o usuário poderá optar por uma versão on-line ou uma versão off-lline. Prós e contras: as versões off-line permitem um número maior de funcionalidades e maior velocidade de acesso, porém, deixa a desejar no item mobilidade porque somente permite que o usuário tenha acesso aos seus feeds por meio do computador onde a versão off-line está instalada; a versão on-line é ótima quanto ao quesito mobilidade porque permite ao usuário ler os seus feeds em qualquer lugar onde se possa ter acesso à internet, porém, perde no item maiores funcionalidades e velocidade.

Um exemplo de leitor de feeds off-line é o Feedreader; para quem prefere leitores on-line há, entre muitos, os seguintes: o Google Reader, o Bloglines, o netvibes, o NewsGator, o My Yahoo, etc. No Orkut, inclusive, há uma funcionalidade agregada aos aplicativos open sociais (ou Apps), que permite que “orkuteiros” tenha um leitor de feeds dentro do Orkut permitindo que os feeds das páginas cadastradas possam ser acessadas por lá. Outra curiosidade que diz respeito aos feeds é a sigla RSS, confundida por muita gente como sendo a mesma coisa que feed. RSS (Really Simple Syndication – distribuição realmente simples, no caso da versão 2.0) é o formato do feed. Os formatos mais utilizados comumente são: RSS 1.0, RSS 2.0 e ATOM.

E então? Percebeu as características dos feeds e newletters? Pode ser que você esteja pensando que os feeds são superiores às newletters só que isso não é bem uma verdade. Para os casos de blogs ou sites de notícias, feed é uma ótima solução, mas, se você somente quer receber um e-mail do fornecedor de um produto, indicando que o produto que você estava esperando chegou, veja que ter um feed não é uma boa alternativa. As possibilidades para o uso das duas tecnologias são variadas, cabe a você fazer a escolha da qual utilizar.

Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

O Eclipse da Yahoo! Brasil

No próximo sábado, dia 16 de agosto, ocorrerá um eclipse lunar parcial visível em quase todos os cantos do globo. O evento, segundo o observatório Frei Rosário, da universidade federal de Minas Gerais, ocorrerá das 15:23 às 20:57h nos seguintes moldes: às 15:23h iniciará a fase penumbral (período em que a lua começa a entrar numa região denominada penumbra – veja as figuras abaixo); às 16:36h iniciará a fase parcial inicial (momento em que a lua começa a sair da penumbra e a entrar numa região denominada sombra); e, finalmente, às 19:45 iniciará a fase parcial final (momento em que a lua começa a sair da região de sombra e a entrar numa outra região de penumbra) que durará até as 20:57h. No Brasil, como a lua somente pode ser vista somente a partir do seu nascimento (aproximadamente às 17:50h), o fenômeno acontecerá entre o nascer da lua até o início da fase parcial final.

Aproveitando-se desse acontecimento, a equipe do “Yahoo! Brasil” resolveu lançar uma campanha de marketing intitulada “Eclipse Yahoo ‘Não Subestime o Roxo’”. Essa campanha surgiu a partir de uma parceria entre a Yahoo Brasil e a Celestial Marketing.

Na campanha, a Yahoo Brasil “brinca” dizendo que encomendou um eclipse terrestre à Celestial Marketing que o tornará possível no dia 16 de agosto. Nesse dia, segundo a Yahoo Brasil, três astros (simbolizados possivelmente pela Google, Yahoo e Microsoft em referência aos astros sol, Terra e lua) irão se alinhar (uma outra possível referência a uma nova estratégia da Yahoo Brasil para “brigar no mercado” de igual para igual com os seus concorrentes).

A Yahoo Brasil com a frase “Não Subestime o Roxo” (a cor simbólica da Yahoo) talvez queira transmitir o recado de que é uma empresa com grande potencial que pretende “abocanhar” fatias do mercado em que atua, independendo do “poder de fogo” dos seus principais concorrentes. Não seria difícil de acreditar nessa possibilidade, visto que a empresa já foi capaz de mostrar que não é uma empresa qualquer nos seguintes fatos:

1. Chamou a atenção da Microsoft ao ponto de lhe interessar a sua compra em um episódio em que a Microsoft não conseguiu efetivar a negociação e a Yahoo Brasil elevou o seu valor de mercado.
2. Criou serviços diferenciados como a conta de e-mail de tamanho ilimitado numa época em que o Gmail – da Google – e o Hotmail – da Microsoft – disputavam maior capacidade de armazenamento.
3. Expandiu o seu domínio de endereços (com as extensões @rochetmail.com e @ymail.com) a fim de atender à demanda de novos usuários, uma vez que, a extensão @yahoo.com.br já se encontrava saturada.

No momento a Yahoo Brasil ainda não divulgou diretamente qual será a sua estratégia, apesar de que, aguçar a curiosidade das pessoas e promover eventos com dia e hora inicial marcada foi mostrado, nesse ano, pela equipe da Mozilla, ao estabelecer um recorde de download no “Download Day” do Mozilla Firefox 3, que é uma ótima campanha de marketing.

No site da Yahoo para promover a campanha do eclipse encontra-se algumas matérias referentes ao fenômeno eclipse com mensagens do eclipse Yahoo nas entrelinhas, além de, haver um contador regressivo para o dia do eclipse. Há, também, um vídeo feito por Gerentes da Yahoo Brasil, um Astrofísico e o Consultor técnico da Celestial Marketing onde um os Gerentes afirmam terem encomendado um eclipse a fim de elevar a marca Yahoo. Num outro vídeo, feito pelo Astronauta Marcos Pontes, em tom de brincadeira, ele explica que a Yahoo irá promover um eclipse, dito por ele: “... em comemoração a uma série de novidades que a marca está preparando no país...”.

Podemos notar que a Yahoo Brasil não quer passar despercebida nessa fase onde dois grandes astros (Google e Microsoft) parecem "brigar" despreocupados no universo da internet.

Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

Ao Estilo Open Social

Você certamente já ouviu falar ou viu algum aplicativo open social. É aquele conjunto de APIs (Applications Programming Interface – interfaces de programação de aplicativos) prontas que estão disponíveis no Orkut brasileiro desde 7 de julho, conhecido popularmente como Apps (Applications - aplicativos). Esses aplicativos públicos permitem que redes sociais (Orkut, Myspace, Hi5, etc.) utilizem recursos para que os seus usuários possam interagir, deixar uma impressão sobre si, comunicar, jogar ou exercer variadas tarefas virtuais tornando as redes sociais mais do que locais onde se postam e recebem mensagens ou recados ou se adicionam vídeos e fotos. O conceito surgiu da proposta elaborada pelo Facebook (site de relacionamento desenvolvido pela Microsoft) apesar de não ser aplicável a ele por disponibilizar apps “amarrados” a linguagens de programação proprietária.

A Google deu vida ao termo open social ao possibilitar APIs em “linguagens abertas” como HTML e Java script, ou seja, aplicativos feitos nesses moldes poderão ser colocados em vários sites ou redes sociais permitindo um recurso, num aspecto amplificado à internet, muito utilizado por bons programadores: o reuso. Perceba que, por exemplo, o aplicativo ‘Sonora’ do ‘Terra’, que permite agregar músicas e artistas ao perfil de usuário, pode ser incorporado às redes sociais que trabalham com a proposta open social sem que cada uma delas tenha que desenvolver o seu próprio aplicativo, ou seja, ele pode ser compartilhado.

No caso do Orkut, muitos usuários já aderiram aos Apps, o qual há muitos a serem explorados a fim de tornar o perfil mais provido de recursos, conheçamos alguns:

BuddyPoke!: Permite-se criar um avatar (imagem gráfica que representa alguém) personalizado no formato 3D que pode interagir com outros avatares de amigos na rede.

Damas / Xadrez: Esses dois jogos tradicionais estão disponíveis para se jogar no Orkut com a possibilidade de comunicação entre os adversários. Uma ótima opção para quem gosta de jogos de tabuleiro.

OyO cinema&TV: Recomendado àqueles que curtem às “telinhas” de cinema ou TV. Esse aplicativo dá a possibilidade de assistir trailers, ler sinopses ou descrições e buscar informações variadas sobre filmes, séries, desenhos, etc. É possível, também, adicionar os seus conteúdos em uma lista de favoritos e ver pessoas no Orkut que escolheram os mesmos conteúdos que você. Têm, também, rankings de filmes, astros e TV. Uma ótima dica para quem quer escolher ou obter informações de uma atração antes de assisti-la ou pagar por ela.

Books iRead: Aplicativo que permite ao usuário criar uma estante de livros e descobrir livros numa rede social, ler comentários de quem já leu o livro, ver quem são os autores mais cotados e procurados, descobrir quais são os novos lançamentos, folhear alguns livros, ler resenhas, etc. Interessante para quem gosta de ler.

Vários outros recursos open sociais estão à disposição no Orkut e em outras redes sociais. Adicione, teste e prove os seus benefícios! Certamente você encontrará algum aplicativo com a sua cara.

Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação