domingo, 17 de agosto de 2008

Newsletters e Feeds

Hoje em dia a informação é um item de fundamental importância para que as pessoas e empresas possam criar as suas estratégias. Para as pessoas essas informações são variadas dependendo do campo de interesse, porém, a gama de informação a ser gerenciada, contemporaneamente, é muito alta. A televisão, o rádio, jornais e revistas por longo tempo exerceram e exercem a responsabilidade em levar a informação, embora de forma não-esmiuçada e dinâmica, em um momento em que tempo é um bem cada vez mais escasso. Com o advento da internet, a forma como a informação passou a ser apresentada e a facilidade ao acesso a ela ficou bastante diferenciado atraindo um público que busca rapidez, dinamismo e praticidade. Acontece que a própria internet cresceu tanto e ofereceu tantas possibilidades que ficou um tanto difícil gerenciar conteúdos cada vez mais crescentes e atualizados, disponíveis em numerosas fontes virtuais.

Para facilitar a interação entre internauta e conteúdo web surgiu primeiramente a newsletter (carta de notícias ou boletim de novidades) que é um e-mail que uma pessoa recebe para ficar a par das novidades de um site sem ter que visitá-lo diretamente. Para que a pessoa possa receber a newsletter ela precisa se cadastrar no site responsável pelo envio do e-mail. Os tipos de newsletters variam conforme o tipo de site em que o usuário se cadastra. Por exemplo, o usuário pode se cadastrar num site de notícias para receber novas notícias publicadas, pode se cadastrar num site de concursos para receber avisos de novos concursos na sua região, pode se cadastrar num site de uma operadora de celular a fim de ser informado quando um novo produto não-disponível estiver disponível, e inclusive, pode se inscrever num site a fim de ser lembrado que um evento qualquer irá ocorrer num determinado dia.

A newsletter vem a ser desvantajosa quando um único usuário passa a receber várias newsletters. A caixa de e-mails começa a ficar cheia de conteúdo que não se sabe por onde começar a ler; além disso, os e-mails ficam dispersos forçando o usuário a abrir vários deles para poder ler a todas as newsletters; não é uma solução muito prática, visto que as informações não podem ser administradas por meio de uma só janela.

Com o feed – alimento em português – a forma de obter as novidades de páginas da internet fica um pouco diferenciada. Um feed é um serviço disponibilizado por um site ou blog pelo qual o assinante, por meio do seu leitor de feeds, irá ficar sabendo das alterações no site ou blog sem acessá-lo. O leitor de feeds irá mostrar todas as alterações de vários sites numa única janela com direito a prévia das notícias dos sites. Somente se houver um interesse maior do leitor, ele irá acessar os links dos sites para ler mais sobre os assuntos. Está aí o porquê do feed ter o significado de alimento; o leitor de feeds será “alimentado” constantemente pelos feeds dos sites cadastrados indicando todas as novas alterações feitas nesses sites. Quanto ao leitor de feeds, o usuário poderá optar por uma versão on-line ou uma versão off-lline. Prós e contras: as versões off-line permitem um número maior de funcionalidades e maior velocidade de acesso, porém, deixa a desejar no item mobilidade porque somente permite que o usuário tenha acesso aos seus feeds por meio do computador onde a versão off-line está instalada; a versão on-line é ótima quanto ao quesito mobilidade porque permite ao usuário ler os seus feeds em qualquer lugar onde se possa ter acesso à internet, porém, perde no item maiores funcionalidades e velocidade.

Um exemplo de leitor de feeds off-line é o Feedreader; para quem prefere leitores on-line há, entre muitos, os seguintes: o Google Reader, o Bloglines, o netvibes, o NewsGator, o My Yahoo, etc. No Orkut, inclusive, há uma funcionalidade agregada aos aplicativos open sociais (ou Apps), que permite que “orkuteiros” tenha um leitor de feeds dentro do Orkut permitindo que os feeds das páginas cadastradas possam ser acessadas por lá. Outra curiosidade que diz respeito aos feeds é a sigla RSS, confundida por muita gente como sendo a mesma coisa que feed. RSS (Really Simple Syndication – distribuição realmente simples, no caso da versão 2.0) é o formato do feed. Os formatos mais utilizados comumente são: RSS 1.0, RSS 2.0 e ATOM.

E então? Percebeu as características dos feeds e newletters? Pode ser que você esteja pensando que os feeds são superiores às newletters só que isso não é bem uma verdade. Para os casos de blogs ou sites de notícias, feed é uma ótima solução, mas, se você somente quer receber um e-mail do fornecedor de um produto, indicando que o produto que você estava esperando chegou, veja que ter um feed não é uma boa alternativa. As possibilidades para o uso das duas tecnologias são variadas, cabe a você fazer a escolha da qual utilizar.


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

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