domingo, 14 de setembro de 2008

Google Chrome na “Guerra” dos Browsers

O ano de 2008 está sendo o ano em que navegadores (ou browsers) disputam com afinco pela preferência do internauta.

No primeiro semestre, enquanto o Internet Explorer “reinava” tranqüilamente, o Firefox e o Opera já estavam se preparando para lançarem as sua novas versões e, a partir disso, começarem uma grande “guerra” entre browsers que se estende até o presente momento e que promete se estender, pelo menos, até o final desse ano.

Poderíamos dizer que o ponto inicial da guerra começou com o lançamento do Firefox 3 que trouxe novidades bem atrativas para os usuários de browsers como: agregador de Add-ons, mais segurança na navegação, menor consumo de memória, a incrível barra de navegação, etc. O Opera também cresceu na sua versão 9.5 com mais segurança, a incrível barra de navegação com mais potencialidades do que no Firefox e outros recursos inovadores. No final de agosto, o Safari 4, em sua versão beta, também foi disponibilizado, trazendo mais novidades técnicas ou internas do que novidades aparentes ou recursos de usabilidade. As novidades foram: compatibilidade com HTML 5, aprimoramento para o uso com Ajax nas aplicações para internet, ferramenta de otimização para execução de códigos em Java Script, etc.

Enfim, até o final de agosto a “guerra” encontrava-se em andamento entre os browsers até que, no início de setembro, assim como – numa comparação pouco convencional – os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial com a bomba atômica em 6 de agosto de 1945 em Hiroshima, a Google entrou na “Guerra dos Browsers” com o Google Chrome em 2 de setembro de 2008. O efeito foi devastador (diferentemente do que ocorreu em Hiroshima e Nagasaki, porém, num outro aspecto, de forma parecida) de forma mais direta para os browsers Opera e Safari uma vez que, em dois dias, perderam colocação para o Chrome que assumiu a terceira posição no uso de navegadores estando atrás apenas do Firefox e do Internet Explorer.

O nome Chrome (em português: cromo ou crômio ou do grego “chroma” que quer dizer cor) refere-se a um elemento químico encontrado entre os metais do grupo 6 da tabela periódica. Apresenta propriedade brilhante, é utilizado em processos de coloração e metalurgia e tem alto grau de dureza. Talvez, nas entrelinhas, a Google queira dizer que o navegador seja robusto, eficiente frente aos seus concorrentes e ao mesmo tempo bonito com uma interface gráfica elegante. Na verdade o navegador é bem leve e consome bem poucos recursos computacionais com ótima atuação para interpretar códigos em Java Script, possui uma aparência bem leve e intuitiva simplificando o contato com o usuário, possui um gerenciador de tarefas para o navegador (onde mostra a performance de memória, CPU e rede) e um gerador de estatísticas; utiliza a barra de navegação como mecanismo de busca da Google, trabalha com abas que podem ser arrastadas de um lado ao outro da janela ou tiradas de um grupo de abas para serem janelas, ou janelas que podem ser incorporadas como abas em outra janela diminuindo o número de janelas abertas.

Uma das novidades é a janela anônima que permite navegar sem que cookies, senhas, dados de formulários ou históricos sejam salvos pelo navegador dando maior privacidade ao usuário. No lado oposto, ou seja, entre os contras do navegador, pode-se citar a falta de elementos na janela como a barra (ou cortina) de opções de url, a falta de um adicionador de add-ons (complementos), a falta de uma cortina de opções para gerenciar abas abertas que se tornam ilegíveis na janela quando em grande quantidade, a falta de opções para retornar e avançar dentro de uma aba conforme navegamos em diferentes links, entre outras.

Ainda esse mês está por vir a versão 3.1 do Firefox para tornar mais “apimentada” a “Guerra” entre browsers, sem contar que o Internet Explorer 8 será lançado ainda esse ano e que o Chrome é apenas uma versão beta que terá novas melhorias a serem implementadas. Conclusão: o marasmo entre os navegadores ainda está longe de ocorrer.


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação


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