Desde que a Informática passou a fazer parte de ambientes organizacionais é que gerentes, analistas de negócios e empresários reconheceram a importância dela para melhor gerir os seus processos. A Informática é uma ótima aliada por permitir que dados e informações sejam manipulados com mais eficiência a fim de que gestores possam tomar decisões com rapidez, praticidade, segurança e comodidade.
No começo da utilização da Informática nas empresas, o seu modo de uso era pouco eficiente pelo fato de que os dados eram descentralizados por departamentos, o que gerava redundância de dados ou informações de forma imprecisa quando a organização era tratada em sua totalidade. Por exemplo, o setor de Recursos Humanos e o Setor Financeiro poderiam, naquele cenário, trabalhar em paralelo quando, na verdade, isso não deveria ocorrer porque de alguma forma todos os setores da empresa estão interligados. Quando algum funcionário, por exemplo, é contratado ou demitido pelo R.H., esse funcionário entra como ativo ou passivo na contabilidade (gastos com salários e encargos sociais), o que afetará o setor de finanças que irá pagar ou deixar de pagar por aquela mão-de-obra.
Num outro momento, na “onda” do ERP (Enterprise Resource Plaining – Planejamento de Recursos Organizacionais), em outras, palavras, quando os sistemas (ERP) criados para que empresas interliguem os seus setores para que a informação seja tratada de forma holística pelos gerentes e administradores passaram a ser utilizados, a informação começou a ser melhor administrada e conhecida. Por exemplo, com um ERP, quando um produto é comprado, esse produto entra no sistema que cadastra como unidade para o estoque, como patrimônio para a contabilidade, como “investimento” para o setor financeiro; todas essas ações são feitas de uma vez só em uma única operação de entrada no sistema. Quando o mesmo produto é vendido, ao gerar-se uma nota fiscal no sistema, automaticamente essa transação irá tirar a unidade do estoque, injetar o seu valor em dinheiro no setor de finanças, separar o valor de comissão do vendedor (se houver), calcular o valor dos impostos e mudar o patrimônio mobilizado da contabilidade transformando-o em valor monetário. Nesse modelo de administração o gerenciamento dos recursos da empresa numa visão direta dos processos decorrentes é precisa, porém, não é mais que isso. Um administrador com um ERP saberá quanto comprou, saberá quanto vendeu, saberá quanto gastou, saberá quanto lucrou e por aí em diante por meio de relatórios estáticos, no entanto, a sua visão ficará limitada a isso. Com a percepção de que se poderia fazer muito mais com os dados ou informações das empresas, surgiu uma nova metodologia de gerenciamento com sistemas de informação conhecida como BI (lê-se bi-ai).
O BI ou Business Intelligence é uma filosofia administrativa por meio da utilização de ferramentas poderosas na manipulação de bancos de dados que permite cruzar dados para que informações importantes sejam geradas a fim de que administradores possam tomar decisões a partir de um número maior de fatos ou tendências empresariais “percebidas” por essas ferramentas. Uma empresa que, por exemplo, tiver 60 unidades espalhadas pelo Brasil poderia saber qual produto foi mais vendido na empresa como um todo numa determinada unidade de tempo, as características desse produto, o perfil do público consumidor, as unidades vendidas por loja, os hábitos de venda de determinada região, qual vendedor vendeu mais o produto, qual foi o percentual do crescimento de vendas do produto, em qual mês, dia ou hora o produto foi mais vendido, etc.
Com as ferramentas de BI a velocidade, precisão e organização dos dados rompem a barreira dimensional ou bidimensional para torná-los mais flexíveis e multidimensionais fazendo com que possibilidades de cruzamentos sejam múltiplas a benefício do gestor. Seria grosso modo como dar os dados “mastigados” para o gestor tomar uma decisão ou estabelecer uma estratégia.
Tal é a importância do BI para o futuro das corporações que ela é tratada como tendência tecnológica de negócios para esse ou para os próximos anos juntamente com a cloud computing, a TI verde e a virtualização.
O uso de Business Intelligence não é algo que está surgindo agora no mercado empresarial brasileiro porque já vem sendo utilizado há algum tempo por empresas. Algumas não tiveram sucesso na implantação, alguma vem instalando a metodologia aos poucos, algumas já a implantaram, porém, é assunto atual porque a competitividade reinante exige boas maneiras de administrar a informação empresarial e porque, em se tratando de tecnologia, bons CIOs optam por soluções mais completas.
2 comentários:
Excelente artigo! Só faltou citar o nome de algumas boas ferramentas de BI. Como minha empresa, a Calandra Soluções, trabalha com isso, vou aproveitar para falar sobre a nossa ferramenta, o NetUno.
O NetUno é utilizado por muitos dos nossos clientes como a Casa Civil e a Dataprev. É uma ferramenta prática que pode ser operada com facilidade opr qualquer pessoa. Para quem se interessar em conhecer o NetUno, aqui vai o link http://www.calandra.com.br/
Oi Gabriel!
Não citei empresas que implementam BI porque o objetivo da matéria era explicar ao leitor a importância da utilização de BI contemporaneamente.
Normalmente, no meu blog, eu explico a tecnologia existente deixando de lado as opções disponíveis no mercado porque existem sempre boas alternativas e seria injusto eu mencionar uma ou outra em detrimento das demais quando o leitor pode escolher qual melhor se adequa ao seu tipo de negócio. Além disso, somente a partir do entendimento do que é BI que se pode partir para a aquisição de alguma ferramenta mercadológica.
É elementar que existem algumas organizações que implementam soluções em BI no mercado como a empresa citada por você e outras de renome tal como a Microsiga (http://www.microsiga.com.br/),a SAP (http://www.sap.com/brazil/platform/netweaver/businessintelligence/index.epx) e a própria BI-One (http://www.bi-one.com.br/website/).
Obrigado pela sua opinião e comentário.
Abs
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