domingo, 16 de novembro de 2008

Virtualização: Múltiplos Sistemas num Único Hardware

Num determinado dia ao “rodar” mais de um sistema operacional num mesmo computador por meio de “particionamento” (divisão do disco rígido em partes) e dual boot (inicialização com opção de escolha de mais de um sistema operacional), alguém deve ter se sentido maravilhado ao saber que é possível ter mais de um sistema operacional – por exemplo, sistemas operacionais Linux, Windows e Unix – funcionando numa mesma máquina. O encantamento, nesse caso, só foi suplantado quando esse alguém conheceu a virtualização.

A virtualização é uma técnica onde é possível pôr para funcionar dois sistemas operacionais simultaneamente num mesmo computador. É isso mesmo! Numa única máquina pode-se “rodar”, por exemplo, ao mesmo tempo, instalados, um sistema operacional Windows e uma distribuição Linux.

Algum usuário um pouco desinformado poderia perguntar: “Mais por que raios eu gostaria de utilizar dois sistemas operacionais ao mesmo tempo se eu só consigo utilizar um por vez?”. Muitas empresas já encontraram a resposta e as que ainda não encontraram, pelo menos, se não ouviram, vão ouvir falar bastante a respeito disso no futuro. Pois alguns já se aventuram a dizer que o futuro dos servidores passará pela virtualização. (...)

Os benefícios da virtualização estão aparecendo numa hora em que as empresas buscam a velha tarefa de diminuir custos (principalmente devido à crise econômica que estamos vivenciando) aliada a simplificação para realocar recursos computacionais. Por exemplo, uma empresa que tem um servidor de banco de dados na plataforma Windows, um servidor web, e uma aplicação rodando em Linux, tradicionalmente utilizaria três servidores onde, na maior parte do tempo, esses servidores estariam “ociosos” por não consumir toda a estrutura de hardware que lhes foram conferidas. Além do mais, o consumo de energia seria de três máquinas em funcionamento. Outra questão é a redundância (termo utilizado para referenciar a multiplicação – ou duplicação – de disponibilidade de serviço em forma de contingência). No nosso exemplo, se fosse uma aplicação crítica (aplicação que precisasse estar disponível nas 24 horas do dia, nos 7 dias da semana) certamente teria que haver mais servidores funcionando além dos três mencionados, para caso algum deles parasse de funcionar o outro assumisse a dianteira, não comprometendo assim o funcionamento de alguma aplicação.

Com a virtualização do exemplo anterior, apenas um servidor bastaria. O diferencial desse servidor estaria na necessidade dele ser mais “parrudo”, ou seja, ter um hardware robusto o suficiente para suportar os três servidores mencionados funcionando mais a redundância. O ganho começaria pela economia de energia; passaria pela diminuição de espaço físico para abrigar os “servidores”; transitaria pela facilidade que se tem nesse tipo de ambiente para balancear a utilização da carga de cada servidor e terminaria com uma plataforma que suportaria qualquer aplicação ou qualquer sistema para nenhum “xiita” botar defeito.

No Brasil, avalia-se um forte crescimento no uso da virtualização nos próximos anos, principalmente quando houver o crescimento de vendas de processadores com 4, 6 ou mais núcleos (processadores multi-core) com suporte à virtualização e o aumento da utilização da arquitetura Blade (uma nova abordagem na forma de gerenciar ou escalonar recursos computacionais físicos).


Rozenildo Rodrigues Pedroso

Bacharelando em Sistemas de Informação

Um comentário:

Unknown disse...

muito legal muito interesante