domingo, 16 de agosto de 2009

O Deficiente Visual e a Informática

A informática nos dias de hoje é item indispensável para que as pessoas físicas, jurídicas e o governo possam interagir em sociedade. São inegáveis as melhorias que essa ciência causou na forma como instituições e pessoas (B2C, B2E), instituições e instituições (B2B), instituições e o governo (B2G), pessoas e o governo (G2C), pessoas e pessoas (C2C) e governo e o governo (G2G) têm se relacionado.

Por alcançar tão vasta amplitude que se faz necessário todos os componentes sociais entenderem o seu funcionamento a fim de exercerem cidadania ou papéis sociais. Baggio (2000, p.16-21) ao referir-se a isso diz:

Assim, o mundo da tecnologia também se configura como uma forma de inclusão social. A aprendizagem da informática e o acesso às novas linguagens de comunicação e informação não só possibilitam oportunidades econômicas, de geração de renda, como também representam um importante capital social. A informática também representa uma atração irresistível para os jovens que vivem em comunidades pobres. Aliada ao aprendizado de noções de direitos humanos e ecologia, então, criam-se maiores oportunidades para as crianças e adolescentes, beneficiando, simultaneamente, as suas famílias e comunidades.

Para o deficiente visual a informática assume maior importância porque permite que ele amplie os seus horizontes independendo da ajuda constante de outras pessoas. Para isso têm-se algumas ferramentas de informática que possibilitam o dinamismo entre o deficiente visual e o computador. Abaixo segue a descrição de algumas dessas ferramentas:

Text voice speak 3: Software que se utiliza de um scanner para ler textos impressos e, a partir disso, transforma-os em arquivo de áudio que podem ser armazenado em mídia, alterado ou excluído.

Loquendo SAPI para JAWS: Torna a voz do leitor de telas JAWS menos robótica e mais limpa aos ouvidos do usuário. Possui tonalidade feminina.

Text to File: Esse software converte arquivos de texto em áudio.

Pocket Voice: Software para o dispositivo de mão pocket MS Windows que disponibiliza alguns recursos permitindo que o deficiente visual interaja com o aparelho.

Home Page Reader (HPR): Programa distribuído gratuitamente pela IBM que, além de leitor de páginas na Internet, é útil a deficientes visuais subnormais por permitir a alteração de textos na tela.

SpeechPak Talks: Funciona como um leitor de tela para celulares.

TGD Pro (Tactile Graphic Designer): Converte mapas, plantas ou fotos, utilizando uma impressora braile, em documento tateável.

TGD Workshop: É similar ao TGD Pro com o benefício de uma mesa digital que permite que desenhos possam ser feitos nela gravando-se arquivos de áudio nos pontos da imagem desenhada. Em seguida, pode-se imprimir a imagem em braile e colocar sob a mesa que irá reconhecer o desenho e associar ao arquivo de áudio feito. Com isso o deficiente visual pode ouvir as informações sobre a região da imagem a qual está em contato.

Virtual Vision: Software amplamente utilizado por deficientes visuais no Brasil que permite a leitura de tela do sistema operacional e de páginas na Internet. Possui, também, módulos de treinamento com áudio.

Dosvox: Sistema operacional desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) exclusivamente para deficientes visuais. É muito utilizado e não necessita de licença para o seu uso, pois foi desenvolvido para ser distribuído gratuitamente. Possui uma série de recursos que possibilitou e possibilita aos deficientes visuais brasileiros grandes experiências em acessibilidade.

JAWS: Software aplicativo amplamente utilizado em vários países por deficientes visuais. Funciona como leitor de tela para o sistema operacional MS Windows e como leitor de páginas da Internet.

Orca: O Orca ou Gnome-Orca é um leitor de tela para ser utilizada em distribuições Linux. No sistema operacional Ubuntu 7.04 e versões superiores ele vem nativamente instalado podendo ser habilitado a qualquer momento.


Fonte do texto:

PEDROSO, Rozenildo Rodrigues. Qualidade de Software para o Deficiente Visual Baseado em Teste Funcional. 2008. 104 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Sistemas de Informação) – Academia de Ensino Superior, São Roque. 2008.

Referência:

BAGGIO, Rodrigo. A sociedade da informação e a infoexclusão. Ciência da Informação. Brasília, vol.29, no.2, p.16-21. maio/agosto. 2000. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652000000200003&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em 20/09/2008.



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