quarta-feira, 10 de junho de 2009

EAD – Ensino à Distância

A Tecnologia da Informação é realmente a grande mola propulsora do século XXI. Como disse certa vez um Sociólogo: “Os profissionais de Tecnologia da Informação são para a atualidade o que os Engenheiros Industriais foram para a revolução industrial.”

A afirmação não é desprezível; atualmente é quase inimaginável visualizar um campo de trabalho que não utilize a Tecnologia da Informação ou que visualize um futuro sem a utilização dos benefícios dessa tecnologia. A Medicina possui robôs dotados de software que podem ser manipulados por Médicos à Distância ou softwares que diagnosticam pacientes. Engenheiros criam projetos e moldam esquemas por meio de seus computadores. Administradores não conseguem administrar empresas de forma eficiente sem a utilização de softwares. Advogados, embora, em sua maioria mais envolta à tradição, têm se curvado às mudanças que estão ocorrendo no meio judiciário utilizando diário oficial online, publicações via internet, processos digitais, etc. Enfim, todos, senão a maioria que desempenha atividade laboral, em suma, necessita saber interagir com ferramentas computacionais.

A educação, mais especificamente o ensino, não poderia ficar de fora das alterações ambientais provocadas pela TI. Com o crescimento da Internet e do uso de conteúdos multimídias (podcasts, vídeos, blogs, vídeo-conferência, realidade virtual, fórum, etc.) viu-se um filão a ser explorado pela área de ensino. Viram-se também grandes vantagens a serem utilizadas como o barateamento das mensalidades, menos custos com transporte e alimentação e corte de dificuldades relacionadas a tempo e locomoção para futuros alunos com interesse em aprender à distância, além, é claro, de transformar ao bel prazer do aluno qualquer hora e qualquer lugar em seu ambiente de aprendizado.

Unido aos fatores econômicos, logísticos e pessoais mencionados, pode-se adicionar, também, alguns benefícios de ordem educacional ou acadêmica como o fato de o aluno ter que estar compromissado com as suas atividades, ter menores distrações – comuns às aulas presenciais – estar focado (por poder determinar o melhor momento e lugar para aprender) e ter a Internet como uma extensão universitária com materiais online recomendados ou produzidos pelos próprios professores ou tutores.

Para a entidade de ensino à distância encontra-se a possibilidade de atender um número grande de alunos, residentes nas mais diversas localidades, não limitando “cadeiras” nem dias ou datas que poderiam ser aproveitados para o ensino. A contratação de profissionais fica independente da localização geográfica de cada um deles aumentando-se assim o rol de candidatos à docência da entidade EAD contratante. Acrescenta-se que a quantidade de cursos oferecidos podem ser maiores por não estarem atrelados aos espaços físicos como salas, laboratórios e bibliotecas.

Alguns educadores temem que a qualidade do ensino seja afetada com o EAD, porém, algumas entidades de ensino presencial não têm demonstrado eficiência quanto a isso e o próprio Ministério da Educação tem aprovado as iniciativas do ensino à distância. No segundo semestre de 2008 o MEC permitiu que, além da graduação e a pós-graduação lato sensu (especialização), os cursos de pós-graduação strictu sensu (Mestrado e Doutorado) possam ser ministrados via EAD. Outro dado importante refere-se ao ENAD (exame nacional para aferir a qualidade do ensino superior, é como o ENEM para o ensino médio) que, entre os alunos de diversas áreas que prestaram a prova, demonstrou que os melhores resultados foram dos alunos que cursam EAD. A USP, uma das faculdades mais tradicionais do país, abre para o segundo semestre de 2009 as suas primeiras vagas em ensino à distância caracterizando-o, assim, como uma opção viável.

Conclui-se, desse modo, que a TI abre mais uma possibilidade interessante às instituições de ensino, educadores e alunos para o bem do crescimento pedagógico que, consequentemente, reflete-se em avanço social, econômico e cultural.

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